segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Redes Sociais na Internet

Na sociedade contemporânea, as informações não são mais geradas unicamente pela Tv, rádio, revistas, jornal impresso, etc. As pessoas agora geram também informações para esses meios, através das redes sociais, chamadas também de mídias sociais. Essas redes possibilitam a disseminação de informações e idéias através dos vários sites de relacionamentos existentes como Orkut, Facebook, Twitter e tantos outros. Esse fenômeno tem mudado as relações sociais, políticas e econômicas dos vários países do mundo. Através desses sites podemos fazer verdadeiras revoluções sociais. As  redes sociais virtuais de maneira explícita demonstram o quanto um grupo de pessoas pode ser importante e influenciar o rumo de alguns fatos fora do computador. A guisa de exemplos, o atual presidente dos Estados Unidos usou seu perfil para ficar mais próximo dos seus eleitores; o protesto no Egito que culminou com a  deposição  do presidente e outros tantos acontecimentos.
Raquel Recuero, no seu livro “ Redes Sociais na Internet”, fala em um dos capítulos sobre o capital social criado nesses sites de redes sociais. Esse capital social tem a ver com os valores construídos que podem ser: visibilidade, reputação, popularidade e autoridade. Esses valores segundo a autora são considerados de 1º nível visto que são eficientes para o capital social mais básico para manter uma rede social, mas não aprofunda os laços dessa rede.

sábado, fevereiro 12, 2011

Documentário: Comprar, descartar, comprar. A obsolescência planejada

Baterias que "morrem" em 18 meses de uso; impressoras bloqueadas ao alcançar um determinado número de impressões; lâmpadas que derretem às mil horas... Por que, apesar dos avanços em tecnologia, os produtos de consumo duram cada vez menos?
Filmado na Catalunha, França, Alemanha, Estados Unidos e Gana, “Comprar, descartar, comprar” faz uma viagem através da história de uma prática empresarial que consiste na redução deliberada da vida útil de um produto, para aumentar o seu consumo pois, como publicado em 1928 em uma influente revista de publicidade estadunidense, “um artigo que não se deteriora é uma tragédia para os negócios."
O documentário, dirigido por Cosima Dannoritzer e co-produzido pela TV espanhola, é o resultado de três anos de pesquisa; faz uso de imagens de arquivo pouco conhecido, fornece provas documentais e mostra as desastrosas conseqüências ambientais decorrentes dessa prática. Também apresenta vários exemplos do espírito de resistência que está crescendo entre os consumidores, e inclui a análise e opinião de economistas, designers e intelectuais que propõem alternativas para salvar a economia e o meio ambiente. Uma “luz” na origem da obsolescência planejada Tomas Edison fez a sua primeira lâmpada em 1881. Durou 1.500 horas. Em 1911, um anúncio na imprensa espanhola destacou os benefícios de uma marca de lâmpadas com um certificado de duração de 2.500 horas. Mas, como foi revelado no documentário, em 1924 um cartel que reunia os principais fabricantes na Europa e os Estados Unidos negociaram para limitar a vida útil de uma lâmpada elétrica à 1.000 horas. O cartel foi chamado “Phoebus” e, oficialmente, nunca existiu, mas, em “Comprar, descartar, comprar” é mostrado o ponto de partida de obsolescência planejada, que hoje é aplicado a produtos eletrônicos de última geração, como impressoras e iPods, e aplicada também na indústria têxtil.
Consumidores rebeldes na era da Internet
Ao longo da história do “vencimento previsto”, o filme descreve um período da história da economia nos últimos cem anos e mostra um fato interessante: a mudança de atitude nos consumidores, através do uso de redes sociais e da Internet. O caso dos irmãos Neistat, do programador de computador Vitaly Kiselev, e do catalão Marcos López demonstram isso.
África, aterro eletrônico do Primeiro Mundo
Este uso e descarte constantes têm graves conseqüências ambientais. Como vemos nesta pesquisa, países como o Gana estão se tornando a lixeira eletrônica do Primeiro Mundo. Até então, periodicamente, centenas de containers chegam cheios de resíduos, sob o rótulo de "material de segunda mão", e, eventualmente, tomar o lugar de rios ou campos onde as crianças brincam.
Além da denúncia, o documentário dá visibilidade aos empresários que implementam novos modelos de negócio, e ouvem as alternativas propostas por intelectuais como Serge Latouche, que fala sobre empreender a revolução do “decrescimento”, a redução do consumo e a produção para economizar tempo e desenvolver outras formas de riqueza, como a amizade ou o conhecimento, que não se esgotam ao usá-los.
Documentário “Comprar, descartar, comprar”:
http://www.youtube.com/watch?v=QosF0b0i2f0&feature=player_embed...!

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Compartilhando idéias sobre os vídeos : A Criança e o Consumo e O que é Cibercultura


O primeiro vídeo chama atenção sobre a importância de os adultos acompanharem o que as crianças assistem na mídia, refletindo sobre o quanto a publicidade exerce uma influência na maioria das vezes negativa sobre elas. É papel da família e dos educadores selecionar o que a criança pode assistir fazendo a devida mediação para evitar as armadilhas do consumismo exacerbado que trazem como conseqüência a afloração da sexualidade precoce, a obesidade, a violência e tantos outros problemas.
Fazendo uma relação do  texto de Nelson Preto “ Suje as mãos”, percebemos que as crianças da atualidade,  já inseridos na  cibercultura,  elegeram outras formas de brincar. Já não sujam mais as mãos de tinta como as crianças de antigamente, não rodam o pião, não brincam de amarelinha, não trepam mais em árvores, não fazem seus experimentos ... É um desafio para os educadores  unir   os recursos da Cibercultura para resgatar os valores, experiências das gerações passadas fazendo com  que as crianças não fiquem reféns das máquinas, modificando  assim,  esse sistema atual.
No segundo vídeo, o professor André Lemos faz uma análise da Cibercultura e sua importância na promoção do desenvolvimento da leitura e da expressão escrita e verbal do educando. Ele enfatiza que sem um orientador para problematizar os assuntos abordados, não há possibilidade de melhorar a educação, mesmo tendo as melhores tecnologias ao nosso alcance. Na era da Cibercultura somos livres pra produzir. E baseado nisso ele elenca três princípios: liberação da emissão, escrita no ambiente através de nichos; emissão em rede, como ele disse, conexão generalizada e aberta, e reconfiguração.  André finalmente faz um convite para virtualizar e atualizar. Isso na educação seria permitir aos alunos ler e problematizar a fala dos educadores fazendo escritas e reescritas para atualizar essa fala. Essas são as grandes possibilidades oferecidas pelo mundo virtual, coisa que na era pré digital não acontecia.

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Resenha do Livro- Escola Aprendente: para além da Sociedade da Informação

BONILLA, Maria Helena. Escola Aprendente: para além da Sociedade de Informação. Rio de Janeiro: Quartet, 2005. 224 p

No livro Escola Aprendente, a autora Maria Helena Bonilla, faz uma reflexão sobre a educação e a chamada sociedade da informação, apresentando  um paradigma da nova era onde as tecnologias ganham ênfase e significado para o ser humano, tendo como mote os seguintes temas: formação de professores, inclusão digital, software livre e políticas públicas.   Essa obra foi lançada em 2005 pela editora Quartet, a partir da pesquisa realizada no seu doutorado em educação. Atualmente é professora adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia e tem experiência na área de Educação, integrando o grupo de pesquisa em Educação e Tecnologias da Informação e Comunicação.
O seu livro, composto por VI capítulos com 224 páginas, versa sobre a possibilidade de construção de uma Escola Aprendente, onde as tecnologias de informação e comunicação sejam adotadas enquanto elementos estruturantes de uma nova forma de pensar e não apenas como mais um recurso didático-pedagógico a serviço de uma educação que não dá mais conta dos desafios impostos por esta sociedade do conhecimento.
Escola Aprendente  vem dividido em três partes: A Sociedade Contemporânea, A Escola Aprendente: desafios e a Escola Aprendente : possibilidades, .onde a primeira  parte   fala sobre o Programa Sociedade da Informação. Bonilla coloca que o Brasil adotou o caminho de primeiro investir no desenvolvimento da infra-estrutura de informações, em seguida investir na informatização da economia, para então chegar ao patamar da Sociedade da Informação. Essas ações foram adotadas para tentar amenizar a exclusão já que uma das medidas para se acabar com a mesma é o movimento de “inclusão digital”. As condições para uma efetiva “inclusão digital” são possibilitadas pelas redes digitais. Porém, não há um investimento necessário na capacitação da população para utilizar toda esta infra-estrutura.
 Na  segunda parte do livro, Bonilla fala sobre a informação na sociedade contemporânea, a globalização e como surgiu a sociedade da informação. Fala também dos programas sociedade da informação no Brasil (SOCINFO) e o programa  de Portugal fazendo uma breve descrição e comparação entre eles. Bonilla diz que o governo e as escolas tem unido esforços no sentido de inserir as TIC no contexto escolar. Porém, essa inserção vem se dando de forma quase que burocrática apenas como forma de modernizar a escola e torná-la mais atraente para os alunos. Nesse sentido, cabe a escola trabalhar o montante de informações que o aluno recebe diariamente, resignificando estas informações à luz do contexto que está inserida, dando abertura às múltiplas possibilidades que estruturam o cotidiano destas crianças. O grande desafio da escola, além de alterar suas estruturas físicas e inserir as tecnologias no seu contexto, é  aprofundar a visão que tem sobre as tecnologias e o seu papel enquanto agente educativo articulado em rede.

Na ultima parte do livro, A escola Aprendente: possibilidades, a autora destaca que, pela sua pesquisa, as TIC são percebidas unicamente como formas de estabelecer comunicação com alguém que esta distante no espaço, e não como formas de potencializar as interações presenciais que acontecem no âmbito da sala de aula e da escola. Ela destaca também que a construção de redes na escola é de fundamental importância, pois são estas que, além de mexer com as estruturas internas, podem colocar cada escola numa rede mais ampla. Bonilla afirma que as Tics são fundamentais nas unidades escolares, pois permitem a conectividade, porém a chave para transformação não se encontra apenas na figura do professor, mas é necessário que a instituição acolha e assuma o uso das tecnologias nas práticas pedagógicas, na organização educativa e nos seus projetos envolvendo a comunidade, os sistemas educacionais e as políticas publicas, pois só assim iremos ter uma escola Aprendente onde o conhecimento é construído e partilhado e os membros são autônomos no processo de aprendizagem. Bonilla finaliza colocando que o importante é que em educação as experiências não podem ser excludentes e que a partir das políticas publicas vivenciada, as tecnologias da informação e comunicação poderão constituir-se em elementos estruturantes de novos territórios educativos. Caso contrário o modelo educacional continuará o mesmo, apenas dito mais moderno , já que utilizamos as tecnologias de informação e comunicação.   

Este é um livro que deve ser recomendado para pessoas de várias áreas do conhecimento, bem como para pais e alunos, visto que reflete sobre as tecnologias num mundo globalizado e estas já estão incorporadas nas nossas vidas.


Resenhista: Cecilia de Fátima de Oliveira Santos, Pedagoga, pós-graduada em Educação de Jovens e Adultos (UNEB), pós-graduada em Gestão Educacional (UNIFACS), professora da Rede Municipal de Ensino e acadêmica da especialização em "Tecnologia e Novas Educações" - (FACED/UFBA).