terça-feira, agosto 31, 2010

O que é hipertexto ?

Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual agrega-se outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links.
Segundo RAMAL, hipertexto é, como o próprio nome diz, algo que está numa posição superior à de texto, que vai além do texto. Dentro do hipertexto existem vários links, que permitem tecer o caminho para outras janelas, conectando algumas expressões com novos textos, fazendo com que estes se distanciem da linearidade da página e se pareçam mais com uma rede.

http://br.geocities.com/giulianoforgiarini/hipertexto/hipertexto.htm

A idéia de hipertexto não nasce com a Internet, nem com a web. De acordo com Burke (2004) e Chartier (2002) as primeiras manifestações hipertextuais ocorrem nos séculos XVI e XVII através de manuscritos e marginalia. Os primeiros sofriam alterações quando eram transcritos pelos copistas e assim caracterizavam uma espécie de escrita coletiva. Os segundos eram anotações realizadas pelos leitores nas margens das páginas dos livros antigos, permitindo assim uma leitura não-linear do texto. Essas marginalia eram posteriormente transferidas para cadernos de lugares-comuns para que pudessem ser consultadas por outros leitores.

Uma das maiores controvérsias a respeito deste conceito é sobre sua vinculação obrigatória ou não com a internet e outros meios digitais. Alguns autores defendem que o hipertexto acontece apenas nos ambientes digitais, pois estes permitem acesso imediato a qualquer informação. A internet, através da WWW, seria o meio hipertextual por excelência, uma vez que toda sua lógica de funcionamento está baseada nos links

Um tópico relevante é a utilização da ferramenta de hipertexto na Educação. O trabalho com hipertexto pode impulsionar o aluno à pesquisa e à produção textual. O hipertexto como ferramenta de ensino e aprendizagem facilita um ambiente no qual a aprendizagem acontece de forma incidental e por descoberta, pois ao tentar localizar uma informação, os usuários de hipertexto, participam activamente de um processo de busca e construção do conhecimento, forma de aprendizagem considerada como mais duradoura e transferível do que aquela directa e explícita

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto

Contudo, creio que em sala de aula seja necessário uma intervenção mais incisiva do professor nesta empreitada, para que o aluno não se perca em meio a tantas informações. É importante um acompanhamento dessas ações de forma a garantir uma aprendizagem significativa. Só assim, podemos garantir que os hipertextos podem provocar no aluno o desejo de aprender cada vez mais .

MAPA CONCEITUAL - VERSÃO 2

sábado, agosto 28, 2010

mapa conceitual 1 versão


Vídeo- As novas formas de pensar e aprender – Andréa Ramal



O que vi

Uma narrativa sobre as novas formas de pensar e aprender neste novo momento histórico, em que nos comunicamos em rede. Estamos na era da cibercultura e a forma de ler, ver imagens e textos não tem mais uma linearidade.
(tribos indígenas, conexão sinapse, salas de reunião, textos e imagens digitais, ambientes de trabalho, papiro, sala de aula, jornalismo, tecnologias diversas )


O que ouvi

Que existem 3 fases da mentalidade humana: oralidade, a escrita e a informação.
Que os links fazem parte desse novo momento e surge com isso os hipertextos. Os textos não têm um fim em si mesmos. Somos leitores e autores dos nossos próprios textos colaborando com a construção coletiva do conhecimento.
( ciberespaço, interativo, humano, virtual, vivo,muatante, autoral, sociolinguística)


O que senti

Sentimos que esse fenômeno deixa as pessoas com a sensação de desatualização. Não conseguimos dar conta de tantas informações e fazemos múltiplas atividades ao mesmo tempo. gerando assim, o cansaço, e consequentemente o stress.

quarta-feira, agosto 11, 2010

As TIC no âmbito do currículo

Percebo que as TIC permeiam nossas vidas como um todo e as vejo sempre com muito otimismo, principalmente no que diz respeito a tudo que elas podem proporcionar como ferramenta de aprendizagem , ao serem inseridas no contexto pedagógico dos profissionais de educação.


Uma das principais características das TIC, é provocar no aluno o despertar da sua curiosidade, trazendo com isso, o desenvolvimento cognitivo, agregando mais conhecimentos culturais e sociais, valores que favorecerão o trabalho educacional.

Nesse sentido, faz-se necessário desenvolver projetos no âmbito do currículo. O currículo é a organização e sistematização de toda a caminhada do aluno durante a sua formação acadêmica, no sentido de privilegiar conhecimentos aceitos socialmente e que esteja de acordo com a realidade do aluno. Por esse motivo, não existe um currículo único em âmbito nacional. O desafio do currículo é ensinar a todos com as suas diferenças e peculiaridades. Ás TIC podem contribuir no desenvolvimento do currículo, na medida em que cria condições para o aluno identificar os seus avanços e conquistas na aprendizagem. Através de projetos, as TIC podem ser integradas ao currículo trazendo grandes avanços nas descobertas e ampliação do conhecimento do aluno.

Os projetos são utilizados com o objetivo de mudar a prática pedagógica trazendo um trabalho colaborativo e proporcionar o trabalho interdisciplinar. Esse trabalho faz com que o aluno desenvolva o senso de responsabilidade, conheça a sua própria realidade, fazendo com que exista um outro olhar em relação à visão conteudista que existe no âmbito escolar. Desenvolver projetos baseados no currículo vai além dos muros da escola, visto que as tecnologias estão em tudo e em todos os lugares. Basta fazermos o bom uso de tudo isso...

quarta-feira, julho 28, 2010

Uma estética para corpos mutantes

                                                                                                                             Edvaldo Souza Couto




Edvaldo Couto discute nesse texto sobre as incertezas da vida atual, onde existe a necessidade do indivíduo ser autônomo para construir sua liberdade. Esse movimento perpassa pelo culto ao corpo e o desejo de modificá-lo. Nesse processo, onde tudo é veloz, nada é estável, tudo deve estar pronto para consumo imediato, vale experimentar e exercitar outros valores como a satisfação instantânea. Segundo o autor essa mutabilidade condiciona e metamorfoseia todos os aspectos da vida, sobretudo o nosso corpo, apoiado pelas novas tecnologias.

O autor divide o texto em quatro partes. Na primeira, ele trata do “corpo espetáculo e a juventude (quase) eterna”, onde ele sinaliza que a partir do projeto genoma existe uma tentativa científica de tornar o corpo de cada pessoa livre do patrimônio cultural genético. O culto ao corpo se tornou um estilo de vida e o corpo deve ser continuamente turbinado para acompanhar a sofisticação das máquinas. Este corpo que o autor chama de espetacular deve dar adeus à morte. E mesmo a ciência empenhada em prolongar a vida, envelhecer ainda é inevitável.

Na segunda parte o autor fala da esperança cyborg e as novas eficiências corporais. Segundo ele desde os anos 50 que as experiências de mixar corpo com tecnologias vem se deslocando da ficção para o cotidiano das pessoas. Edvaldo Couto cita Kevin Warnick (1995) que defende a idéia de que como cyborg nossas capacidades humanas evoluirão tecnologicamente, serão ampliadas, poderemos ter mais possibilidades de memória ou de processamento de informações, capacidades extra-sensorial, habilidade de nos comunicar ou operar máquinas com o pensamento.

Na terceira parte o autor fala sobre a engenharia de tecidos e as novas mutações corporais, explicando que os cuidados com a revitalização da aparência não são separados dos cuidados com tudo aquilo que dentro do corpo vive protegido pela pele.

Para o autor o corpo se tornou o lugar ideal para todo tipo de experimento da biotecnologia, investimento da economia de mercado e o principal objeto de consumo no capitalismo avançado. Fica evidente na quarta parte do texto que os usos e abusos no hipermercado do corpo são sutis e imprecisos.

Na quinta e última parte, “ uma estética para corpos mutantes”, Edvaldo Couto enfatiza que de modo geral os corpos já existentes são vistos como problemáticos, deficitários e precisam ser dinamizados, potencializados pela tecnociência. Sendo assim, as escolhas supostamente corretas constroem eficiência e, as inadequadas constroem deficiência.

terça-feira, julho 27, 2010

Corpo cyborg e o dispositivo das novas tecnologias



                                                                                                                     Homero Luis Alves de Lima


Homero Luis versa nesse texto sobre as múltiplas possibilidades de transformações do corpo que vêm acontecendo atualmente, graças a aceleração tecnológica que com ela trouxe também o desenvolvimento científico-tecnológico. A robótica, a biônica , a nanotecnologia e tantas outras tecnologias, são capazes de produzir órgãos, realizar diagnósticos precisos, combater doenças, realizar vida em laboratório, cirurgias sem cortes... Em fim, todas essas possibilidades segundo o autor traz novas perspectivas e novas metáforas e imagens do corpo.


Segundo o autor, a contínua mecanização do humano e a intensa vitalização das máquinas e sua integração pela cibernética transgride as fronteiras do que é vivo e não- vivo, do humano e da máquina. Contudo essa realidade cyborg não pode ser negada, já faz parte do nosso meio. Nesse momento o autor faz alguns questionamentos : Quem somos nós? Onde termina o humano e onde começa a máquina? Onde termina a máquina e começa o humano? É nesse cenário que surge as metáforas associadas ao pós-biológico, pós orgânico e o pós –humano.

Na segunda parte do texto , Homero faz uma breve genealogia do cyborg, citando alguns autores. Clynes e Kline (1995, p. 30), diz que o cyborg era apresentado como uma solução para as questões da alteração das funções corporais do homem para corresponder às necessidades de ambientes extraterrestres.

O cyborg alcança uma nova dimensão na década de 80 com a ficção científica O homem de seis milhões de dólares). Essa figura tornou-se familiar do sujeito da pós-modernidade por conta da fascinação com o artificial. O cyborg de hoje é diferente de seus ancestrais mecânicos por que são máquinas de informação.

Na terceira parte do texto, o autor trata da antropologia do cyborg, quando sinaliza que há muitos cyborgs entre nós na sociedade. Qualquer pessoa que tenha sido reprogramada para resistir à doenças ou mesmo drogada para pensar, se comportar ou sentir-se melhor farmacologicamente , é tecnicamente um cyborg. Nesse sentido o autor faz um alerta para os perigos e os prazeres da descoberta da presença do cientista em nós, da participação ativa ou passiva na ciência e na tecnologia.

Na última parte o autor fala sobre a compreensão do cyborg, segundo Harawai (2000), que concebe o cyborg como uma criatura da realidade social e também da ficção. É uma figura de um mundo pós-gênero, sem qualquer compromisso com a biossexualidade. Ela postula a escrita cyborg como estratégia política particularmente para as mulheres onde estas devem recodificar a comunicação de informações no intuito de subverter o comando e o controle.

domingo, julho 25, 2010

Velhice, palavra quase proibida;terceira idade, expressão quase hegemônica


                                                                                                        Annamaria da Rocha Jatobá Palacios



Nesse texto a autora Annamaria da Rocha faz uma análise da inter relação entre os termos velhice e terceira idade, na perspectiva de Norman Fairclough ( 2001), a qual busca pontuar o fenômeno de mudanças do discurso publicitário de cosméticos em revistas femininas, que paralelo às transformações sociais da contemporaneidade, esta salienta no texto um ponto de tensão entre os dois termos ao passo que analisa a substituição gradual de um termo pelo outro.


Annamaria destaca a existência de duas visões conflitantes da velhice: a primeira fortalece a compreensão desse processo através dos enunciados dos cosméticos que trazem implícitos como uma época sombria, onde o indivíduo já está em sua fase final de vida. A outra aponta para a existência de uma terceira idade que nos remete à compreensão de fases anteriores e ainda que aponte para a fase final da vida, segundo a autora, não faz alusão direta a vocábulos marcados semanticamente como velhice senilidade e envelhecimento.

É bem interessante nesse texto quando a autora cita Andrew Blaike ( 1995) onde este associa a generalização do termo terceira idade para se referir a velhice, com a mudança de valores relacionados com a pós – modernidade. Ele enfoca o envelhecimento a partir de perspectivas que privilegiam as dimensões discursivas de construção social de imagens e identidade. Annamaria chama a atenção do leitor para as mudanças demográficas que ocorreram nas últimas três ou quatro décadas e que tornaram-se globais, levando a criação de um grupo de terceira idade. Nesse processo o Brasil não ficou de fora. O declínio da taxa de natalidade, por conta dos métodos contraceptivos e outras tantas mudanças sociais, modificaram a estrutura etária da população. Segundo a autora é nesse momento histórico da década de 90 que uma segmentação do discurso publicitário de cosméticos passa a inserir produtos direcionados especificamente para faixas etárias determinadas. Esses mesmos anúncios nessa época já preconizam que os cuidados com o corpo deveriam se iniciar aos 20 e não aos 30 ou 40 anos. A busca pela juventude resulta em um comportamento ativo de combate a velhice.

A autora sinaliza que nesse processo de luta articulatória entre os dois termos observado em um mesmo corpo, mas que é representado por uma simples correlação, permite-se afirmar que se chegar à velhice implica também ter se chegado à terceira idade. A mesma conclui que falar em terceira idade ou velhice ainda representa uma ambivalência semântica , mesmo que haja uma relação de assimetria entre os sinais de desaparecimento de um termo e de sua substituição por outro.
                                                                                                      

domingo, julho 04, 2010

Corpos Mutantes: ensaios sobre novas (d) eficiências corporais/ Organizado por: COUTO, Edvaldo Souza; GORLLNER, Silvana Vilodre – 2ª Ed-Porto alegre: Editora da UFRGS,2009






OS PERCURSOS DO CORPO NA CULTURA CONTEMPORÂNEA
                                                                                                Malu Fontes


Nesse texto, que faz parte do livro Corpos Mutantes, a autora Malu Fontes faz uma análise sobre o ideal de corpo de acordo com os padrões exigidos pelos meios de comunicação de massa, o qual o denomina de corpo canônico. Esse corpo canônico seria o corpo resultante de investimento em práticas que objetivam alterar as configurações anatômicas e estéticas e são sinônimos de beleza, saúde e bem-estar. Nesse contexto, a mulher sendo mais vulnerável aos apelos midiáticos, seriam elas referências de elementos relacionados à juventude, vigor e saúde.


No primeiro capítulo, a autora sinaliza que o corpo desejável nos meios de comunicação de massa em alguns cenários sociais pode ser dissonante em relação ao corpo canônico de acordo com os padrões religiosos e alimentares ditas alternativas, e esses padrões podem sofrer alterações de acordo com as tendências ao longo do tempo.

M. Fontes discute a dificuldade das mulheres deficientes físicas se afirmarem como cidadã em um contexto social e culturalmente marcado por uma corporeidade feminina canônica, haja vista que para esse corpo dissonante, a cultura de massa pode ser um elemento acentuador de angustia.

A autora faz uma retrospectiva histórica para que o leitor entenda o percurso do estatuto do corpo no Ocidente, desde os tempos em que o culto ao corpo era demonizado, escondido, fruto de vergonha, chegando ao seu descortinamento respaldado pelo avanço médico e científico da contemporaneidade, o que contribuiu decisivamente para a sua exposição . Na verdade, segundo a autora o início dos processos de redefinição do corpo remonta ao período das duas grandes guerras mundiais. Contudo, o corpo se consolida na segunda metade do século XX em consequência das mudanças de paradigmas gerados pela reconfiguração do mapa geopolítico do mundo após a Segunda Guerra . Até esse momento eram as metanarrativas que prevaleciam juntamente com os referenciais políticos, filosóficos e ideológicos que norteavam a humanidade, os quais foram substituídas pelos grandes paradigmas. Essa crise levou o homem ao individualismo, voltando-se para a sua própria imagem, para o culto ao próprio corpo.

No segundo capítulo, Malu Fontes aborda as características que identificam um corpo canônico para adiante confrontá-lo com o corpo dissonante. Salienta que o corpo canônico é o corpo alterado mediante as práticas, métodos e artifícios que foram aperfeiçoados ao longo do séc. XX. E é através das mídias que as modalidades físicas são disseminadas conquistando todas as classes sociais , regulados pelo poder aquisitivo de cada indivíduo. Essa parte do texto é bem interessante e chama a atenção do leitor para as formas adotadas pelos economicamente excluídos para estabelecer um discurso de altivez.

O corpo dissonante é o corpo ausente de discursos culturais. Esse corpo, ilustrado pelos deficientes físicos, só se constitui um atrativo e consumível na cultura de massa quando apresentado sobre a configuração de espetáculo e denúncia. E, quando naturalizado e sem artifícios reduz-se a objeto causador de rejeição.

Esse texto é um convite à reflexão sobre esses corpos cheios de possibilidades de serem modificados diante da gama de técnicas que são oferecidas e utilizadas e que todos nós estamos inseridos nessa cultura e fazemos parte desse processo.

domingo, junho 20, 2010

TRICOTANDO SOBRE AS TIC


OLÁ, SEJAM BEM VINDOS! NESTE ESPAÇO VOCÊ VAI ENCONTRAR AS MINHAS IMPRESSÕES PESSOAIS SOBRE ASSUNTOS DIVERSOS. MAS SOBRETUDO, VAMOS TRAVAR UM DIÁLOGO SOBRE AS NOVAS TECNOLOGIAS E SUAS IMPLICAÇÕES NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA. FIQUEM A VONTADE, ESTE ESPAÇO É NOSSO!