Homero Luis Alves de Lima
Homero Luis versa nesse texto sobre as múltiplas possibilidades de transformações do corpo que vêm acontecendo atualmente, graças a aceleração tecnológica que com ela trouxe também o desenvolvimento científico-tecnológico. A robótica, a biônica , a nanotecnologia e tantas outras tecnologias, são capazes de produzir órgãos, realizar diagnósticos precisos, combater doenças, realizar vida em laboratório, cirurgias sem cortes... Em fim, todas essas possibilidades segundo o autor traz novas perspectivas e novas metáforas e imagens do corpo.
Segundo o autor, a contínua mecanização do humano e a intensa vitalização das máquinas e sua integração pela cibernética transgride as fronteiras do que é vivo e não- vivo, do humano e da máquina. Contudo essa realidade cyborg não pode ser negada, já faz parte do nosso meio. Nesse momento o autor faz alguns questionamentos : Quem somos nós? Onde termina o humano e onde começa a máquina? Onde termina a máquina e começa o humano? É nesse cenário que surge as metáforas associadas ao pós-biológico, pós orgânico e o pós –humano.
Na segunda parte do texto , Homero faz uma breve genealogia do cyborg, citando alguns autores. Clynes e Kline (1995, p. 30), diz que o cyborg era apresentado como uma solução para as questões da alteração das funções corporais do homem para corresponder às necessidades de ambientes extraterrestres.
O cyborg alcança uma nova dimensão na década de 80 com a ficção científica O homem de seis milhões de dólares). Essa figura tornou-se familiar do sujeito da pós-modernidade por conta da fascinação com o artificial. O cyborg de hoje é diferente de seus ancestrais mecânicos por que são máquinas de informação.
Na terceira parte do texto, o autor trata da antropologia do cyborg, quando sinaliza que há muitos cyborgs entre nós na sociedade. Qualquer pessoa que tenha sido reprogramada para resistir à doenças ou mesmo drogada para pensar, se comportar ou sentir-se melhor farmacologicamente , é tecnicamente um cyborg. Nesse sentido o autor faz um alerta para os perigos e os prazeres da descoberta da presença do cientista em nós, da participação ativa ou passiva na ciência e na tecnologia.
Na última parte o autor fala sobre a compreensão do cyborg, segundo Harawai (2000), que concebe o cyborg como uma criatura da realidade social e também da ficção. É uma figura de um mundo pós-gênero, sem qualquer compromisso com a biossexualidade. Ela postula a escrita cyborg como estratégia política particularmente para as mulheres onde estas devem recodificar a comunicação de informações no intuito de subverter o comando e o controle.
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